A nova proposta ocorre menos de um mês depois que o parlamentar sugere mudanças na lei sobre o acesso à informação (LAI), que afetam diretamente a primeira dama
O deputado federal Rosângela Moro (União Brasil) apresentou um projeto de lei para endurecer as regras sobre o decreto de confidenciais sobre chefes de chefes de estado e suas famílias. A proposta, apresentada na sexta -feira, 28 anos, surge menos de um mês depois que o parlamentar sugere outra mudança na legislação, que inclui cônjuges dos chefes do poder executivo entre as autoridades sujeitas à lei sobre o acesso à informação (LAI).
Os ataques do deputado têm como alvo os gastos da primeira -dama Rosângela da Silva, a Janja. O novo projeto afirma que os dados relacionados à intimidade, vida privada, honra e imagem podem ser confidenciais por até 10 anos, um período que pode ser estendido uma vez para o mesmo período, desde que haja justificativa e aprovada pela Câmara dos Deputados.
Rosangela Moro, deputado federal, tem um projeto que visa Janja
Foto: Alex Silva / Estadão / Estadão
No entanto, se aprovado, a nova regra impede a aplicação de confidencialidade nos gastos públicos das autoridades, atos administrativos de servidores (exceto quando a divulgação compromete investigações ou segurança nacional), viagens oficiais e procedimentos disciplinares de agentes públicos.
Janja gastos em viagens receberam críticas da oposição. Estadão mostrou que o governo desembolsou R $ 203.600 para financiar a suspensão da comitiva Janja em Paris. A primeira-dama, que não ocupa posição oficial no governo federal, mas como representante do Brasil em eventos como as Olimpíadas de Paris e a cúpula do G-20.
Na semana passada, Janja esteve em Roma, Itália, para participar do evento pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (FIDA), como colaborador do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). As passagens aéreas e as companhias aéreas de retorno da primeira -dama, que voaram da classe executiva de Brasília para a capital italiana, custou ao contribuinte R $ 34,1 mil.
A proposta de Rosângela Moro também afirma que o Controlador Geral da União (CGU), o Tribunal Federal de Contas (TCU), o Serviço de Promotoria Pública e o Congresso podem revisar ou revogar decretos confidenciais a qualquer momento.
Além disso, o projeto estabelece penalidades por imposição inadequada de confidencialidade, incluindo sanções administrativas, nulidade da Lei, que libera as informações imediatamente e uma multa de até 100 salários mínimos em caso de intenção ou má -fé.
No X (ex -Twitter), Rosângela afirmou que Janja não tem o direito de gastar dinheiro público. “Minha batalha aqui é por transparência no uso de recursos públicos. Essa senhora não tem posição. Ele não tem o direito de gastar nosso dinheiro, muito menos manter -se confidencial. Meu projeto vem exatamente para fazer ordem. Não vou parar até terminar”, escreveu ele.
No início deste mês, após críticas à confidencialidade de seus compromissos, a primeira -dama anunciou que divulgaria compromissos previstos. O anúncio foi feito por meio de histórias em seu Instagram. De acordo com a equipe de Janja, ela pretende continuar divulgando a agenda diariamente em redes sociais. A ONG da transparência internacional criticou o governo de Lula por negar informações públicas sobre a primeira -dama, sua equipe e suas despesas.