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A comunidade brasileira em Portugal passa mais de 500.000 pessoas, mas até o primeiro -ministro do país, Luís Montenegro, pode e deve crescer mais. Durante a participação no Fórum de Negócios Brasil-Portugal, realizada nesta quinta-feira (20/O2) na Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), ele convidou mais brasileiros a se mudar para Portugal. “Precisamos efetivamente de mais capacidade de mão -de -obra, mais capacidade comercial”, disse ele. Segundo o chefe do governo, dados os investimentos que Portugal precisa jogar, há dificuldades pela indústria da construção no preenchimento de todas as vagas. “Não me importo de confessar isso”, acrescentou.
Em um discurso, o Montenegro reconheceu o papel do trabalho imigrante para o crescimento econômico português. “Isso se deve aos esforços de muitos estrangeiros, aos quais são os brasileiros”, disse ele. “Ainda temos a capacidade de receber mais pessoas, mais talentos e, acima de tudo, mais empresas e mais investimentos”, ele alterou, lembrando que mais da metade dos imigrantes que estão trabalhando em Portugal é de brasileiros. A partir dos cálculos do Observatório de Migração, 85% dos cidadãos do Brasil em idade ativa estão empregados no país europeu. Entre os estrangeiros, eles não são apenas a maioria na agricultura e construção.
O primeiro -ministro também apontou que existem muitos investimentos em negócios brasileiros em Portugal e deixou claro que ele quer mais. “Não devemos olhar para isso de uma maneira contemplativa. Acho que isso ainda é pequeno”, disse ele. A presença de imigrantes em Portugal é considerada pelos economistas como uma das principais razões para o país crescer 1,9% em 2024, duas vezes Por mais que a média européia (0,8%) seja um fenômeno semelhante ao que aconteceu na Espanha, outro dos motores da União Europeia.
Empreendedores reclamam
O discurso de Montenegro endossa a posição das associações de negócios portuguesas, que se queixaram da falta de trabalho. Na agricultura, seria necessário pelo menos 20.000 trabalhadores. Na construção, para cumprir os trabalhos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)-O Programa de Reconstrução Econômica da União Europeia no pós-Prandeia-demanda atinge 90.000 pessoas. Esse número não inclui a necessidade de mais trabalhadores no mercado imobiliário.
A opção para os brasileiros do governo português é clara, na vista do empresário Fábio Mazza. Tanto que o executivo enviou uma proposta de lei à Assembléia da República no ano passado, propondo mudanças na lei estrangeira (23/2007) para facilitar a entrada de cidadãos da comunidade de países que falam português (CPLP) em Portugal. O projeto foi aprovado e sancionado pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agora apenas dependendo da regulamentação. Por legislação, brasileiros e timorenses poderão entrar no país sem vistos e, já em território português, solicitar a permissão de residência. Os outros cidadãos da CPLP continuarão precisando de vistos para entrar em Portugal, mas também poderão pedir residência no país.
Para o professor José Marques da Silva, presidente do Comitê de Economia da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa do Rio de Janeiro, a busca por Portugal por trabalhadores imigrantes, especialmente os mais qualificados, é legítima. “Entendo que, da perspectiva do interesse nacional, o primeiro -ministro defende a capacidade do país de atrair imigração qualificada, porque contribui relativamente mais para a criação de riqueza”, diz ele.
Mas ele afirma que é difícil colocar a qualificação como uma condição primordial. “O que leva alguém a emigrar é a busca por uma vida melhor. Todos os estratos sociais têm essa afirmação, e não há muitos mecanismos para rastrear”, enfatizou o professor. Ele foi além: “Portugal não se limita a pessoas com melhor formação. Todos os setores da economia precisam de pessoas para trabalhar. Não se pode definir um caderno para imigrantes ”, concluiu.
O repórter viajou a convite do Apexbrasil.
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