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O governo de Lula defende a regulamentação das redes em um relator da OEA pela liberdade de expressão

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Enquanto os governadores defendidos trouxeram para a desinformação e o discurso do ódio, os parlamentares bolonaristas aproveitaram o emissário da Comissão Inter -Americana de Direitos Humanos de acusar o STF da censura

Visitando o Brasil, o Relator Especial pela liberdade de expressão da Comissão Inter -Americana de Direitos Humanos (IACHR), Pedro Villarreal, recebeu do governo Luiz Inacio Lula da Silva (PT) Uma visão geral das ações tomadas para enfrentar a disseminação de Notícias falsas e discurso de ódio no ambiente digital, destacando os ataques de 8 de janeiro. O governo também defendeu os projetos de regulamentação de redes sociais para lidar com a desinformação.

Ministro Jorge Messias (AGU) durante uma audiência com membros da Comissão Inter -Americana de Direitos Humanos (UTIH) da Organização dos Estados Americanos (OEA)

Foto: Emanuelle Sena/ Ascomagu/ Divulgação/ Estadão

Enquanto o governo defendeu medidas para enfrentar a desinformação, os parlamentares bolonaristas usaram a visita para relatar alegada censura e perseguição pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Como Estadão mostrou, em uma reunião com vaca, deputados federais como Marcel Van Hattem (Novo-RS), Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO) mencionaram comunicadores investigados por ataques à democracia e notícias falsas-among Eles, Paulo Figuedo, Rodrigo Constantino e Allan Dos Santos – e conversaram sobre o caso da revista Cruzoé, censurados pelo tribunal após um relatório crítico para ministrar Dias Toffoli.

Membro da Organização dos Estados Americanos (OEA), a Comissão visitou o Brasil a convite do governo para avaliar as condições de liberdade de expressão nas redes sociais. Durante a viagem, Pedro Vaca se reuniu com várias autoridades, incluindo Jorge Messias, ministro do Procurador Geral da União (AGU); Mauro Vieira, detentor de assuntos externos; Tiago César dos Santos, secretário executivo do Secretariado da Comunicação Social da Presidência (Secom); João Brant, secretário de políticas digitais; o Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo; Presidente do STF Luís Roberto Barroso; e o ministro Alexandre de Moraes.

Em um comunicado, o governo disse que apresentou os dados de vaca sobre a disseminação orquestrada de informações falsas, que culminaram na tentativa de golpear em 8 de janeiro de 2023 e na premeditação do assassinato de membros do governo eleito e ministros do Suprema Corte.

Durante uma reunião na Polícia Federal, o Relator teve acesso a vídeos e pesquisas sobre atos de scammer. Representantes de diferentes ministérios também mostraram como a disseminação de notícias falsa afeta as políticas públicas, citando casos como campanhas Covid-19 e notícias falsas sobre o PIX.

O relator, o ministro da AGU, defendeu a necessidade de regular as plataformas digitais, destacando o público e as consultas públicas realizadas em janeiro. Segundo ele, a remuneração e a remoção de conteúdo não foram suficientes para lidar com o que ele chamou de “sofisticado sistema de desinformação, o que levou a atos concretos de violência no Brasil”.

Como o Estadão mostrou, o governo de Lula está preparando dois projetos de lei para regular as plataformas digitais. A proposta do Ministério da Justiça se concentra mais na lei do consumidor do que na punição das plataformas, enquanto o projeto Fazenda visa o mercado de plataformas de redes sociais e lida com aspectos econômicos e competitivos.

Dado o impasse no governo, os deputados federais da oposição entraram com uma lei com diretrizes para empresas de redes sociais como Facebook, Instagram e Tiktok. A iniciativa dividiu o governo.

A visita do relator começou no último domingo, 9, e terminará nesta sexta-feira, 14. Agora, a expectativa é que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (IACHR) apresente um relatório final com suas conclusões sobre as informações coletadas no Brasil.

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Ministro Jorge Messias (AGU) durante uma audiência com membros da Comissão Inter -Americana de Direitos Humanos (UTIH) da Organização dos Estados Americanos (OEA)

Foto: Emanuelle Sena/ Ascomagu/ Divulgação/ Estadão