O promotor ressalta que a trégua já está em vigor nas principais capitais
Relatório do Serviço de Inteligência do Ministério aponta para a conexão entre o CV e o PCC
Foto: Foto: Reprodução/TV Globo
O relatório da Secretaria Nacional de Políticas Penais tornou o público a ligação entre a facção Comando Vermelho (CV) e o primeiro comando da capital (CCP). A carta expõe detalhes da negociação entre os chefes das facções criminais nacionais.
Receba as notícias principais diretamente no WhatsApp! Inscreva -se no Canal da Terra
O relacionamento foi revelado após gravações de conversas entre os prisioneiros e seus respectivos advogados. Com a autorização judicial, as conversas no “parlamentar”, um local reservado para essas reuniões, foram monitoradas revelaram um regime disciplinar distinto vivido pelo alto nível do crime.
“A unificação dos advogados do primeiro comando da capital, do PCC e do Red Command, o CV, foi formatada por membros de alta ranhura das duas facções. E teria como objetivo fortalecer os grupos criminosos para reivindicar principalmente demandas de chefes presos no sistema penitenciário federal “, diz o relatório, obtido pela equipe Fantástico.
Segundo o documento, os prisioneiros estão buscando modificar a lei que regula os benefícios dos prisioneiros. O código informa que o indivíduo deve ser monitorado por câmara, possui saídas diárias para tomar sol por apenas 2 horas por dia. Somente visitas de seu povo são permitidas, mas sem o direito ao contato físico. Além disso, o prisioneiro não deve ter acesso a rádio, TV, livros, jornais e revistas, muito menos celular ou internet.
Dado o desejo de mudar a lei, os prisioneiros estão reunindo assinaturas para reivindicar outros benefícios. “Os dados apontariam que os membros do PCC já estariam reunindo assinaturas de pessoas capazes de votar para subsidiar uma suposta ‘petição’ na qual os signatários reivindicariam a flexibilidade da lei para permitir o retorno da visita com contato físico no sistema prisional federal. “
O diálogo principal apontado pelo relatório foi entre o chefe do PCC, Marco Willians Camacho, Marcola, que perguntou a seu advogado: “Eles são então uma petição com 1 milhão e 600.000 assinaturas?”
Trecho do relatório que investiga a conexão do CCP com CV
Foto: Foto: Reprodução/TV Globo
O Secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública, André Garcia, expressou que o isolamento é necessário para colher a conexão entre grupos armados. “É necessária capacidade de isolamento para interromper os mecanismos de comunicação e articulação dos líderes”, afirmou.
Além disso, o documento reitera que a conexão do PCC e o CV vai além das demandas dentro da prisão. As autoridades investigam mensagens de texto entre membros do grupo nas ruas.
“O desafio que o estado brasileiro tem sobre essas organizações vai muito além dessa pacificação entre elas. É de consolidação democrática, proteção das instituições democráticas. Hoje, o país tem mais de 70 organizações criminais, identificou facções criminais”, explica David Marques, Coordenador do Fórum de Segurança Pública Brasileira, com Fantásico.
Segundo o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o PCC há mais de 20 anos, a trégua entre as duas maiores facções está em vigor nas principais capitais. “No Rio de Janeiro e São Paulo, já houve essa pausa. A união das duas maiores organizações criminosas do país pode levar a um aumento no tráfico internacional de cocaína, tráfico de armas para o Brasil. É um compartilhamento de rota e, acima de tudo, mesmo maior fortalecimento dessas organizações criminosas “.