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As redes sociais abertas colocam crianças e adolescentes em risco

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Quase metade dos menores que usam redes sociais no Brasil têm um perfil aberto, expondo suas vidas a estranhos. 11 anos, o aluno Larissa (nome fictício) é um usuário frequente de redes sociais. Com perfis em três plataformas, a garota compartilha danças, momentos em família, na escola e lazer. Nada escapa aos cliques da garota. Além dos apenas mais de 2.000 seguidores, os posts podem ser acompanhados por qualquer pessoa, pois a garota mantém os perfis abertos, ou seja, sem restrições.

75% das crianças e adolescentes brasileiros têm seu próprio perfil em alguma rede social

Foto: DW / Deutsche Welle

O morador de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, faz parte de uma estatística de sustos: uma em cada três relatos de crianças e adolescentes nas redes sociais é totalmente aberta.

Os dados fazem parte de uma pesquisa da empresa exclusiva, especializada em identidade digital e do Instituto de Pesquisa de Locomotivas. O estudo contou com a presença de pouco mais de 2.000 pais e responsável por crianças e adolescentes de 7 a 17 anos em todo o Brasil.

A pesquisa também mostra que 75% das crianças e adolescentes brasileiros têm seu próprio perfil em alguma rede social e quase metade (47%) deles não controla os seguidores nas redes sociais, acrescentando e interagindo com estranhos.

Ainda em comportamento, 61% dessas crianças e adolescentes que têm redes sociais abertas geralmente expõem situações cotidianas, como compartilhar fotos pessoais, marcar o local e identificar membros da família nas plataformas. Esta exposição inclui postar fotos em ambientes que participam (40%) e até mesmo usando uniforme ou marcação da escola onde estudam (33%).

Práticas consideradas por muitas como comuns, mas expõem crianças e adolescentes a riscos variados, variando de sedução à extorsão. O perigo que também se estende à família como informações sobre a rotina da casa é frequentemente compartilhado.

“Abrir a vida nas redes sociais atrai predadores on -line que entram em contato para estabelecer títulos e optar por extorsão e sexação. Falando mais tecnicamente, um perfil aberto também abre espaço para roubo de identidade, que pode ser usado em golpes e crimes”, explica Karina Morato Queiroz, especialista em segurança cibernética e diretor de Teckids – Institute for Research and Education in Online Child and Adolescent Protection.

Educação Digital

Proteger as crianças e adolescentes das redes sociais exige uma abordagem ampla, envolvendo pais, responsáveis ​​e as próprias plataformas. Segundo especialistas ouvidos pela DW, a proibição não é a melhor maneira.

“As crianças precisam de supervisão ativa para usar a Internet com segurança, estabelecimento de horas de uso, navegação assistida e nenhuma senhas que os pais não têm acesso. A família precisa monitorar de perto o conteúdo consumido e publicado. O ideal não é proibir, mas conversar e Ensine desde o início da privacidade, segurança, comportamento digital e geração de conteúdo que ele publicará “, enfatiza Liliane Ferrari, professora da disciplina de mídia social de MBA de marketing da USP Esalq.

Na tentativa de ajudar os pais e conscientizar a população sobre os riscos no ambiente virtual, o Instituto Nacional para combater o Cybercrime (INCC) criou um guia prático de segurança digital, disponível gratuitamente em seu site. O material aborda tópicos como proteger suas redes sociais; Cuide da proteção pessoal, familiar e de crianças.

“Os pais devem ser modelos comportamentais ao usar a Internet com segurança e responsável. Ensinar crianças e adolescentes sobre riscos, como proteger a privacidade e a importância de pensar antes de compartilhar informações pessoais. Lembrando que uma vez na Internet, as informações estarão disponíveis para sempre para todos , “Diz Fábio Diniz, presidente da Incc.

Como deixar o perfil privado nas redes sociais

Uma pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.BR) mostra que as redes sociais mais usadas por crianças e adolescentes brasileiros são Instagram (60%) e Tiktok (50%).

Ao contrário do que acontece na Austrália, onde crianças menores de 16 anos são proibidas de ter contas nas redes sociais e no estado da Flórida, onde uma lei estadual proíbe menos de 14 anos de acesso a essas plataformas, no Brasil, não há restrições. No entanto, a idade mínima para se registrar nessas plataformas é de 13 anos, de acordo com a política de privacidade dessas redes sociais.

De acordo com a Meta, responsável pelo Instagram, quando um adolescente entre 13 e 17 anos se registrou na plataforma, a conta é privada por padrão, impedindo o contato indesejado de pessoas desconhecidas e limitando as opções de publicidade. Para crianças menores de 16 anos, uma atualização divulgada esta semana pelo objetivo faz com que esse público a autorização dos pais altere as configurações de proteção de suas contas.

A Tiktok afirma em suas políticas que os adolescentes de 13 a 15 anos também têm suas contas como privadas por padrão e não é possível fazer a alteração em uma conta pública. Já a partir dos 16 anos é possível alterar as configurações de privacidade.

No entanto, essas crianças e adolescentes geralmente não colocam a data de nascimento correta ao se registrar ou mesmo usar adultos criados para fazer seus perfis. Nesses casos, é importante manter os perfis privados para manter a segurança. E fazer essa alteração na conta é simples. Veja o passo a passo:

Instagram

Faça o login e clique na foto do perfil

Selecione “Editar perfil”

Vá para “Privacidade da conta”

Ative a tecla “Conta Privada”

Tiktok

No aplicativo Tiktok, toque em “perfil” na parte inferior

Clique em “Menu”

Toque em “Configurações e privacidade” e depois “privacidade”

Ative “conta privada”

Deixar a conta em pessoas ‘privadas’ apenas que são aceitas como amigos podem ter acesso a conteúdo compartilhado, interagir e enviar mensagens no chat.